- Chegaram. – Disse a minha mãe vendo-nos entrar.
Fomos até á cozinha, o nosso pai estava lá a ajudar a nossa mãe.
- Tenho uma coisa a dizer…
- Já tomas-te uma decisão, filha? – perguntou a minha mãe
- Sim… Eu decidi… - olhei a Leonor
- Sim? – perguntaram todos
- Eu… Espero que os pais nos deixem ir para Lisboa.
- Ah?? – a Leonor ficou perplexa.
- Mas é claro que deixamos. – Disse o meu pai que juntamente com a minha mãe nos abraçavam.
- Então temos de tratar da universidade, da casa, das malas… - disse a Leonor entusiasmada.
- Ei, calma. Nós tratamos disso. Vocês descansem porque depois ficam nem os papas para vos fazer a papinha… - disse o pai.
- Oh, não as assustes. – Disse a minha mãe.
- Então se os pais tratam disso tudo. Nós vamos comprar a roupa para o baile de finalistas… e para o último jantar de turma. – Disse a Leonor.
- Uma pessoa fica aqui a tratar das coisas para elas, e elas vão as compras. – Disse o meu pai fazendo se de amuado.
- Oh… deixa as ir… afinal depois elas é que vão ter de tratar de tudo. Deixas as aproveitar os últimos dias…depois sempre vamos nos ver livres delas…
- Ta explicado… mas se se querem ver livres de nós. Nos vamos já, já as compras… e com um pequeno patrocínio no nosso pai querido podemos ficar lá mais tempo, e vocês podem começar a habituar-se… - disse a Leonor.
- Não abusem. – Disse o meu pai puxando da carteira, lá nos deu o cartão.
- Obrigada, paizinho. – Disse a Leonor.
- Dá graxa dá. Juízo. Não me levem a falência.
- Quem nós? Até parece… -disse eu. – A culpa é das lojas….
Saímos, e depois de coloca-mos os capacetes, seguimos para o centro da cidade, Barcelos.
Caminhamos pelas ruas da cidade, espreitando montras, e conversando acerca da decisão que tínhamos tomado, e do que ela implicaria.
Entramos finalmente na loja que nos estava em mente, a ‘Love’.
- Bom dia. Precisam de ajuda? – Disse a funcionária aproximando-se.
- Bom dia. Nós procurava-mos 2 vestidos iguais, mas em cores diferentes. – Disse a Leonor.
- Para um baile de finalistas. – Completei.
- Muito bem. Preferem curto ou comprido?
- Curto. – Respondi.
- Tamanho?
- M – dissemos as duas. – Médium.
Ela começou a percorrer a loja recolhendo vestido, e mais vestido e quando finalizou começou a mostrar-nos. Decididamente seleccionamos logo 2. Seguimos para os provadores onde cada uma vestiu um modelo. No final colocamo-nos em frente dum espelho e escolhemos logo.
- Este. – Dissemos ao mesmo tempo.
- Sim. Vocês são mesmo decididas. Esse sem dúvida é mais subtil.
- A outra cor. – Pedi, pois teria de verificar se também me ficava bem.
Entrei novamente no provador, troquei de vestido evoilá.
Sem dúvida que já tínhamos vestidos. Vestimos novamente a nossa roupa e dirigimo-nos para pagar… Lá passamos o cartão.
- Vocês são mesmo iguaizinhas. – Comentou a funcionária.
- Dizem que sim. – Respondemos juntas.
- E têm razão. Muito obrigada pela visita, voltem sempre.
- Obrigada. – Pegamos na saca e saímos…
Andamos mais um pouco e entramos na Mango, andamos e desandamos até que encontramos uns vestido muito floridos e coloridos, muitos leves, e com um ar campestre. Pegamos em 2 e seguimos para os provadores. Experimentamos e parece que a escolha tinha sido certeira. Pagamos e agora faltava o calçado.
Caminhamos e entramos na sapataria que tinha logo a seguir. Ainda namoramos umas sapatilhas mas tínhamos a noção que tínhamos de levar sandálias… Então solicitamos a ajuda de uma funcionária, exibimos os vestidos que tínhamos comprado anteriormente e ela nos mostrou sandálias e sapatos que ficariam bem, em tamanhos 37.
Apesar de não adora-mos sandálias e até mesmo sapatos, lá escolhemos alguns, experimentamos e acabamos por comprar iguais, mais uma vez.
Narração da Leonor:
Depois da árdua tarefa de comprar os vestidos, faltava ainda os sapatos. Não é que eu não goste de fazer compras, porque adoro, mas já estava a ficar cansada. A escolha do calçado até foi rápida, depois de pagarmos colocamos tudo na mesma saca e regressamos imediatamente a casa, aos nossos aposentos.
Entramos em casa, e os nossos pais não se encontravam em casa, subimos para o quarto, e a Joana dirigiu-se logo para a cama e adormeceu pouco depois.
Peguei no estojo das unhas, subi para o meu beliche e comecei a arranja-las…
A Joana dormia dormi-a serenamente, devia estar mesmo cansada… Fiquei a admira-la… Pouco tempo depois a minha mãe bate á porta…
-Já chegaram? – Perguntou. – Posso falar contigo?
-já. – Disse descendo do beliche. – É melhor lá fora que a Joana está a dormir.
- Ok.
Dirigimos nos até á sala.
- Mãe, diga lá o que queria falar comigo.
- É sobre a Joana.
- Passa-se alguma coisa? O que é que eu não sei? – Disse ficando preocupada.
- Não. Calma, não se passou mais nada. É só que… Leonor, eu sei que vocês são muito ajuizadas, umas excelentes alunas, nunca me deram problemas, são muito educadas, muito amigas… - disse muito pausadamente.
- Mãe onde é que quer chegar com esse discurso?
- Sabes que eu vos adoro, e vocês para mim ainda são umas bebés, e vão para a capital, longe de mim…
- Oh mãe, algum dia teria de acontecer. Se não fosse para Lisboa, seria para outro sítio.
- Eu sei, Mas sabes que custa sempre.
- Mãe, eu percebo. Mas não me parece que seja só isso.
- Não é Leonor. Promete-me que vais estar sempre ao lado da Joana.
- A mãe acha que eu não estaria?
- Leonor, as coisas podem mudar, e eu tenho medo de que a Joana não aguente as perguntas, ou até mesmo a imprensa acerca da …
- Mãe, não se preocupe. Nós protegemo-nos sempre. Ninguém vai descobrir nada. E quando descobrirem enfrentaremos tudo e todos, sempre juntas.
- Então é aqui que vocês estão… Joana, o meu cartão? – disse o meu pai entrando na sala.
- Lamento papai. Mas é que… que…
- Joana? O que é que vocês fizeram?
- É que… EU NÃO SOU A JOANA. – disse alto
- Desculpa lá. Eu quero o meu cartão. E já agora saber se ainda tenho dinheiro na conta…
- Pois, em relação a isso…
- Leonor…!!! – Disse o meu pai ficando preocupado.
- Não se preocupe que ainda tem plafom… Não gastamos assim muito.
- Espero bem que sim. – Disse ele… - A Joana?
- Ta no quarto a dormir.
- Estava a dormir. Houve alguém que gritou que não era Joana. – Disse a Joana entrando na sala.
- Desculpa maninha.
- De que me servem as tuas desculpas… Ai… - disse mostrando que estava de mau humor.
Sentou-se no sofá e ligou a televisão. – Reunião de família, sem a minha presença?! – Disse olhando-nos.
- Eu só estava a perguntar pelo meu cartão. – Disse o meu pai.
Ela olhou-nos.
- Eu estava a perguntar como tinha sido as compras… - respondeu a minha mãe.
- Normais. – Ela ajeitou-se no sofá…
A campainha tocou.
- Eu vou. – Disse correndo em direcção á porta. Pois sabia que se ela me, confrontar-se eu não iria conseguir mentir.
Cheguei á porta. Abri…
- Olá priminha… - disse a minha prima Filipa.
- Olá. – Respondi.
Era o que mais faltava. A minha prima toda muito produzida e armante e a achar-se superior a toda as outras.
- Onde está a senhora tua mãe?
- A senhora tua tia está lá em cima… - disse olhando de alto a baixo.
Bem, esta minimamente apresentável.
- Vou subir. – Disse já nas escadas.
Fechei a porta e subi com ela.
Esperemos que gostem... '')
Manas BC*
Manas BC*
lindo,lindo lindo.
ResponderExcluirAinda bem que elas decidiram ir :)
estou mesmo a gostar da tua fic.logo quero mais :P
beijinhos
http://umanovadefinicaodeamor.blogspot.com/
Então tou curiosa para saber o que elas decidiram, espero que seja um sim.Quero saber mais sobre esta história, que apesar de curta é bastante interessante.
ResponderExcluirBeijos
Maria