Entregou-me o telemóvel.
- Obrigada. – disse sinicamente.
- De nada. – respondeu-me muito
calmamente.
- Diz-me que o Ruben não vem para
cá. – implorou a Leonor.
- Não vem. – respondeu o David.
- Ele vem, não vem? – perguntei.
- Sim. – respondeu com toda a
tranquilidade…
- Eu não acredito… - dissemos
juntas…
- David, entende. Nós… não vamos…
a LADO NENHUM.
- Cês não podem ficar aqui. –
Disse olhando me profundamente.
- Claro que podemos.
– Podem ir para minha casa,
arranjamos maneira- disse rapidamente.
- Não. – proferimos juntas…
Continuamos naquela discussão e
poucos minutos depois batem a porta, o David já se encontrava junto dele
abriu-a com cuidado…
- Ah, é você mano. – disse abrindo
totalmente a porta.
- então mano?
- Eu não acredito que vieste mesmo.
- Claro, parece que as meninas são
muito teimosas.
- Olha outro.
O David baixou-se e pegou em algo
do chão e quando se levantou percebi o que era…
- As nossas camisolas… - disse-mos
ao mesmo tempo, retirando as da mão dele.
- Oh… Não pode…
- Pouca vergonha…
Vestimo-las… e apesar de estar-mos
destroçadas com o que lhes acontecera não queríamos que chorar, perante eles… e
muito menos preocupa-los…
- Vá ficou mais original. – disse a
Leonor a rir.
- Deviam ser portistas. – comentei.
Rimos e sentamo-nos no sofá…
- Mas isso é outro assunto, vocês
não ficam aqui.
- Ficamos sim.
- não quem entra uma vez entra
duas. E podem quer fazer mal pra vocês.
- E ainda é a mesma fechadura. Eles
não roubaram tudo. Podem voltar. Nem pensem que tolero que fiquem aqui.
- Oh pah, mas onde é que está a
porcaria do comando. Não me digam que levaram i comando e deixaram a televisão.
Espertos.. – disse a Leonor toda atarefada á procura do comando.
Não conseguimos conter o riso
perante aquele seu jeito.
- Não sei porque haveriam de
voltar, para roubar o quê? – perguntou a Leonor já sentada no sofá.
- Então Leo, o microondas, o
frigorífico, a televisão… - brinquei
- Sim, porque levaram o comando,
devem vir buscar a televisão. Ainda podem levar as cadeiras, mesa… Mais vale
contratar-mos uma empresa de mudanças para ser mais fácil.
- Mas vocês ainda brincam com
estas coisas…!
- Cês são passadas.
- Meninos, entendam uma coisa
simples, nós não vamos a lado nenhum.
- Ora, podem vir para casa dos
meus pais. É grande e tem espaço suficiente é perto da universidade. Até podem
ir com o Mauro.
- Ruben, não… - disse calmamente.
Ele não ligou pegou no telemóvel.
- Ruben, nem penses… - disse a
Leonor tentando roubar-lhe o telemóvel.
- Ele não tem o direito. – disse
quase num sussurro.
Nós sempre detestamos estar em
casa de outras pessoas a incomodar, ainda por cima nem conhecemos bem a família
dele.
- Não á discussão. – proferiu o
David olhando-me…
Assim que despertei do transe em
que o olhar do David me provocou, vi o Ruben desligar a chamada.
- Estão á vossa espera. – proferiu
vitorioso.
- Isso não se faz. – disse
mostrando-me zangada.
- Pô a gente se preocupa com
vocês, é assim difícil entendê? – disse o David exaltado.
- Calma mano.
Eles ficaram a olhar-nos…
- Ok, ok… desculpem. – disse a
Leonor.
- Desculpem. - seguia-a
Seguimos até ao quarto. Entrei no
meu quarto, peguei num saco desportivo e coloquei lá o que iria precisar,
pijama, roupa para o dia seguinte, objectos de higiene pessoal. Tirei a
camisola do David e com elas nas mãos vi o seu nome… Embora rasgado… ‘‘David
Luiz’’ Era isso que ele era, uma pessoa inalcançável, o David Luiz. O xerife do
plantel da luz. Um jogador de futebol, um mundo diferente, onde as pessoas são
substituídas por estrelas, a estrada em paralelo onde ando a passar
transforma-se me passadeira vermelha para eles passarem. Secalhar aquilo era
obra do destino, queria que eu percebe-se que aquilo era errado.
Deixei os meus pensamentos e
voltei á sala… a Leonor surgiu logo atrás de mim, o que fez com que nos
cruza-se mos no corredor…
- Lá terá de ser… - disse tentando
conformando-nos
- Amanha resolvemos isto.
- Até lá…- iniciei.
- Aguentamos. – dissemos juntas
O Ruben apareceu…
- Meninas, é perigoso… - disse
calmamente
- Sim Ruben, nos percebemos. –
disse calmamente
- Nós não queremos dar trabalho.
Nós ficamos bem aqui.
- Façam-no por mim. Só se
estiverem a salvo é que consigo dormir descansado. Por favor. – Disse
calmamente.
Abracei-o…
- Obrigada. Pela preocupação, pela
protecção, e pela tua amizade.
- Ruben obrigada.- Seguiu-me a
Leonor.
Pus fim ao abraço ao Ruben e vi
que o David já se encontrava ao pé de nós.
- Ruben, cê as leva?
- Sim, claro.
- David obrigado. – disse a
Leonor.
- Por tudo. – Disse olhando-o nos
olhos.
Segundos em que estivemos envergonhados
no olhar um do outro até que desviei…
- De nada. – respondeu
- Vem, vamos. – disse o Ruben
- Vamos.
Saímos e despedimo-nos do David e
seguimos até casa dos pais do Ruben. O silêncio ainda se instalou mas demorou
pouco tempo.
- Ruben, a sério, nós podemos ir
para um hotel, já que não podemos ficar em casa.
- Sim, nós não queremos dar
trabalho aos teus pais.- continuei
- Não se preocupem. E fiquem á
vontade. Mi casa ser sui casa.
- A casa não é tua, é dos teus
pais. – respondi…
- Esqueçam isso.
Fomos entretidos com a rádio e a
música que lá iam passando quando ele parou o carro.
- Chegamos. – proferiu
Saímos muito caladas e calmamente…
Parámos logo depois.
- Vêem ou não? – perguntou
- Ruben, não queremos dar
trabalho. – admitiu a Leonor.
- A minha mãe vai adorar. Ela
sempre quis ter raparigas, mas saíram 2 rapazes… Por isso é que quer noras
rapidamente.
- Mesmo assim. Ela não vive
sozinha – disse eu
- Há o teu pai, o teu irmão… -
continuou a Leonor o meu raciocínio.
- Mas vocês acham que o Mauro se
importa de ter 2 beldades no quarto ao lado?
- Disso podes ter a certeza que
não me importo nada… - disse o Mauro
aparecendo do jardim – é com todo o gosto.
- Meninas, não ligue. Vamos que
amanhã têm um grande dia pela frente…- disse o Ruben.
- Se precisarem de boleia… - disse
o Mauro pegando nas nossas bolsas… - digam… Mas primeiro é melhor instalarem-se
no quarto ao lado do meu ou… na minha cama…
- Oh Mauro… Não as afugentes… -
pediu o Ruben.
- Oh, Ruben. Ele até nem é nada
que se deite fora… - disse a Leonor.
Eu olhei para o Ruben e ele
pareceu-me estar se a fazer de forte… Encarei-a e ela apenas me sorriu de leve…
- Vamos? Acho que preciso de
descansar. – disse
- É melhor… - disse o Ruben
olhando a Leonor.
Caminhamos para a entrada e a
porta estava encostada. O Ruben entrou e o mauro entrou de seguida…
- MÃE… CHEGARAM.
*Esperemos que gostem...
Manas BC*
fabuloso...
ResponderExcluirquero mais... tou super curiosa para ver os proximos capitulos... continua...
Fantastico...
ResponderExcluirEstou a adorar... tou curiosa para ver os próximos capitulos...continua com um bom trabanho.
Quando voltas a publicar?bjs
ResponderExcluirolaa :)
ResponderExcluirSei que nao publicas a algum tempo, mas estou a adorar a tua fic.
Adorava que continuasses... :)
Quando voltas a publicar? :)
ResponderExcluircontinua...