quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Capitulo 22 - "Estás a atirar-te a mim?"



- Vamos jantar.

- Sim, muda de assunto.

Ela não e respondeu… Sentamo-nos á mesa e jantamos… No final arrumamos tudo rapidamente… Tomei um banho e vesti uma roupa simples, voltei á sala e a Joana estava a ver televisão…

- Bem, eu vou sair. Vou tomar um café com o Ruben.

- Ui, sozinhos?

- Não comeces.

- Tu e o Ruben sozinhos… - continuou a gozar

- Também podes vir se quiseres.

- Não… Vamos ver quem arranja namorado mais depressa. – riu

O meu telemóvel vibrou…

‘De: Ruben

Estou cá em baixo.

Beijo.’

- Eu nem te vou responder. Xau.

- Xau.

Desci, e ele estava no carro em frente ao prédio. Entrei…

- Olá. – cumprimentei-o com dois beijos

- Olá.

E arrancou…

Narração do Ruben:

Depois de sairmos da casa delas, o David dirigiu até casa da minha mãe e contou-me o que se tinha acontecido entre ele e a Joana… Ele gosta mesmo dela, percebi isso, mas a Joana, não é que não ache que ela está nba dele, porque acho, mas o problema dela e a maneira dela pensar sobre isso, são um impedimento para que aconteça algo… Só espero que ela mude de atitude, pelo seu bem, pela sua felicidade…

Chegamos a casa da minha mãe e ainda tive de atura-la, dizendo que nunca estávamos com ela, a verdade é que desde que conhecemos a Leonor e a Joana, passamos muito mais tempo com elas do que com outras pessoas… Mas são momentos sempre muito divertidos, sempre um tempo muito bem passado. Lá tentei explicar á minha mãe que teria de se habituar, mas, foi complicado, de casa dela fomos para o treino e depois do treino fui directo para casa… Estava a ver tv quando recebi uma mensagem da Leonor, a dizer que precisava de falar comigo, se dava para sair-mos depois de jantar, não lhe neguei a saída… Fui jantar, tomei um banho e dirigi até casa dela… Mas do pouco que já a conheço até fazia uma ideia do que ela me queria falar, tal como o David me contou a mim, a Joana deve ter-lhe contado a ela, penso eu… Cheguei a casa dela, mandei-lhe uma mensagem a avisar que já tinha chegado e ela desceu… Cumprimentou-me e agradeceu por ter vindo, decidi implicar com ela, e ela entrou na onda…

- Obrigado por teres vindo.

- Acho que estás muito desesperada para falar com alguém e como não te restava mais ninguém, tiveste de me chamar a mim. Foi isso?

- Foi. Acredita que se tivesse mais alguém para conversar, nunca te teria chamado a ti.

 - Encheram-se todos de te aturar… Como eu os compreendo… - fiz uma cara de tédio

- Não sei porque vieste. Ninguém te obrigou.

- Tenho pena…

- Não preciso que tenham pena de mim.

- Mas eu sou assim. Não iria conseguir dormir de noite, sabendo que precisas-te de falar e eu ignorei.

- Para a próxima não te digo nada.

- Tudo bem.

Já tínhamos chegado… Saí do carro e ele fez o mesmo…

- A propósito, tas muito gira.

- Agora estas a atirar-te a mim?

- Pode ser que resulte.

- Depois de me teres tratado mal. Não…

Entramos num bar calmo e sentamo-nos… Pedimos dois cafés…

- Então, que se passa?

- Oh, nada. Só queria mesmo chatear-te.

- Eu sabia... Sabes que já me chateias todos os dias. Não precisavas de chamar-me.

- Eu sei, eu sei…

- Passa-se alguma coisa com a Joana?

- Tens alguma queda pela Joana?

- Olha outra… Não… Somos só amigos! Mas porque é que perguntas isso?

- Porque perguntas-te logo se se passava alguma coisa com a Joana. Nem perguntas-te se se passava algo comigo.

- Tu estas óptima... Já deu para perceber.

- As aparências iludem… - disse ela seriamente

Fiquei assustado, pensei, que ela estava bem, parecia…

- Que se passa? Eu pensei que… - disse preocupado

Ela desmancha-se a rir…

- Não acredito… A gozar com a minha cara?

- Não… - ela voltou a adoptar uma postura mais séria - Mas é relacionado com a Joana que quero falar contigo.

- Mas está tudo bem com ela.

- Sim. Mas… Eu não sei se devia dizer-te, mas também és o melhor amigo do David por isso…

- O beijo? Sim, já sei.

- Ainda bem… Eu não sei em relação ao David, mas a minha irmã não é uma pessoa propriamente fácil em relação a isto, por isso…

- Deixa-me ver se adivinho… Por isso, decidis-te dar-lhes uma ajudinha…

- Também lês pensamentos?

- Faço um pouco de tudo… Sabes que ser jogador de futebol não dá nem para pagar os gastos com a casa. – sorri

Ela riu…

- Eu compreendo que não queiras interferir, afinal não temos nada a ver com isso.

- Conta comigo!

- A sério?

- Eu até disse ao David que eu e tu podíamos ajuda-lo a preparar uma surpresa para ela, mas ele não gostou muito da ideia. Também não sei se vão achar muita piada…

- Pois, eu também não. Mas não custa tentar. E faço qualquer coisa para ver a minha maninha feliz.

- Mas já pensas-te em algo certo?

- Uma noite romântica… - disse em tom provocador

- Uma noite romântica? Bem, podemos passar nós, uma noite romântica, pode ser que tenhas mais ideias…

- Bem, estas outra vez a atirar-te a mim?

- Não sei.

- A ideia é eu ir pa cama contigo?

- Talvez.

- Estou escandalizada. – disse ela com tom de arrogante

Desmanchamo-nos a rir…

- Vá lá, eu sei que de certeza tens uma ideia genial.

- Por acaso, não… - fiz uma pausa - É verdade, Domingo, almoço em casa dos meus pais.

- O quê?

- Almoço em casa dos meus pais.

- Porquê?

- Bem, digamos que a minha mãe já ouviu falar tanto de vocês que vos quer conhecer.

- Não sei se isso é bom, mas até nos pode ajudar.

- Ui… Não sei se vou gostar do que aí vem.

- Nada. Se vamos almoçar todos juntos, eles vão ter de estar próximos e tal. Depois podemos sempre dar uma ajudinha para que fiquem sozinhos… Tás a entrar na onda?

- Estou, estou a ver que a menina é muito marota.

- Nem tu sabes o quanto… - disse-o em tom provocador

- Não posso descobrir?

- Não!!

Rimos…

Ainda ficamos á conversa, a divertir-nos… Algum tempo depois, paguei e dirigi até ao apartamento dela… Despedimo-nos, ela subiu… Dirigi até casa e deitei-me… Só espero é que a Joana e o David não levem a mal a nossa ajudinha, também depois de se entenderem de vez, até nos vão agradecer… Acabei por adormecer…

   Esperemos que gostem....
                     Manas BC*

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Capitulo 21 - A conversa



No final do almoço, levantei a mesa, enquanto ela lavava a loiça… Fiquei a admira-la... A ama-la para mim… O ambiente continuava pesado, tentei alivia-lo um pouco e também não pensar muito no que se passou, como se fosse possível…
- Vocês têm a certeza que não querem ir ver o jogo nos camarotes? – perguntei
- Sim, David. Nós não nos íamos sentir nada bem. Mas obrigada por perguntarem. – respondeu-me olhando-me
Limitei-me a secar a loiça…           
- Quando a universidade começar já não vamos poder andar a fazer tanta jantarada… - comentei
- Pois, realmente. Mas deve sempre haver tempo para um serão com os nossos amigos jogadores de futebol.
- A gente, pode sempre visitar vocês na universidade…
- Surpresas não. – disse logo ela – Publicidade é que não, mesmo.
- Eih, vergonha dos seus amigos?
- Não, nenhuma, muito pelo contrário. Mas digamos que ser conhecida ou amiga de um jogador de futebol tem os seus senãos.
- Mas vocês também são atletas do Benfica.
- Mas achas que alguém liga ao volei? O futebol é muito mais mediático.
- Ok, já percebi. Teremos de nos limitar a marcar coisas pelo telemóvel.
- E não tens o nosso número?
- Tenho, claro. Mas é diferente.
- Teremos de viver assim.
Aquela resposta na minha cabeça teve 2 significados, ela estava a responder de forma a que desse também para a situação do beijo.
- Teremos de lutar contra todos os impedimentos. – disse referindo-me essencialmente ao beijo
Ela não me respondeu e depois de a cozinha estar arrumada, eu e o Ruben saímos pois a mãe dele queria falar com a gente.
Eu e o manz seguimos no meu carro e conduzi até casa da mãe dele.
Pelo caminho ainda tive de responder a algumas perguntas dele em relação á Joana. Não aguentei e contei-lhe do beijo.
- Não posso. Não acredito. Tu nem a conquistas, atacas logo. Por isso aquele silêncio todo durante o almoço. Já percebi tudo… - disse num jeito esclarecido
- Desculpe. Mas eu também não a queria ter beijado.
- Não querias?
- Que dizê, queria, mas… Também não quero afastá-la… Mas, aconteceu.
- Aconteceu e pela tua maneira de falar esse beijinho foi bem bom…
- Oh. Ela é muito querida e calma.
- Ai que o meu melhor amigo está apaixonado.
- Não me goze. Eu nem sei se ela está na minha…
- Não sabes? Cá para mim, sabes. E sabes é muito. Se precisares de ajuda a preparar alguma surpresa…
- Ela não gosta de surpresas… - disse ao relembrar o que ela disse na cozinha
- Com a ajuda da Leonor, preparamos uma que ela goste.
- Não sei… -respondi
- Imagina lá… um jantar sozinho com ela…
- Ruben esquece, ela nunca aceitaria. Vamo mas é ver o que a sua mãe quer.  – disse parando o carro e saindo.
Ele seguiu-me e depois de termos entrado em casa, a dona Anabela começou para lá a falar acerca de já não lhe ligarmos nenhuma, agora nunca fazemos nada com ela… o Ruben lá lhe tentou explicar que ela se iria ter de habituar… Ficamos lá até á hora do treino e depois seguimos para o treino. E durante todo o tempo em que estivemos a fazer ginásio, pensei em como a conquistar… mas nada me parecia a cara da Joana. Mas também não me sentia muito á vontade para falar com a Leonor, nem sei se a Joana lhe contou alguma coisa sobre o beijo, pode nem ter significado para ela… Que confusão…
Narração da Leonor:
Bem, o almoço foi estranho. Comecei a associar o David e a Joana que me pareciam estranhos e o almoço… Mas talvez fosse só impressão minha. Depois deles saírem fui para o quarto e pouco tempo depois a Joana bate á porta…
- Posso? – perguntou
- Não, tou nua…- disse com ironia – Claro que podes.
Ela entrou e sentou-se na cama…
- Podemos falar?
- Ui, que ela está mal, para quer falar comigo…
- Oh, já vi que não dá…
- Dá sim. Anda lá fala…
- Acho que estou apaixonada.
- O quê? Tu? Como? Quem?
- Não gozes… - pediu-me
- Não estou a gozar… conta lá essa história…
- Oh, é simples, eu sonhei com que ele, e beijávamo-nos. E cada vez que estou perto dele não me aguento… E hoje beijamo-nos… e não sei como é que isto acontece… - disse ela a uma velocidade estonteante, atropelando as palavras
- Ok. Repete tudo, mas mais devagar.
Ela falou e no final…
- Não me digas que estás apaixonada pelo Ruben…
- Não, estou a apaixonada pelo David. O que é bem pior.
- Pior? Então porquê? Ele está completamente na tua.
- Não está. Eu não posso. Não quero…
- Não podes? Não queres?
- Tu sabes que eu não posso.
- Podes… Mas se não queres, é outra história.
- Mas eu nem sei o que isto é, o que isto significa…
- Então, descobre… Parte á aventura, deixa de pensar em tudo ao pormenor, vive primeiro…
- É muito difícil…
- Não é… Acredita em ti, e no que sentes…
- Mas eu não sei ao certo o que sinto, eu nem sei o que ele sente por mim… Além disso, ele é jogador de futebol, tem dinheiro, está habituado a estar rodeado de pessoas como ele, o que sou eu?
- Descobres… E o que tem ele ter dinheiro, ter dessas pessoas como ele, ele á uma pessoa 5 estrelas e tudo isso. E nunca ouviste dizer que o dinheiro não compra a felicidade. – sorri - E se ele não sentisse nada por ti, não te beijava, ele não deve andar praí a beijar todas…
- É jogador de futebol, por isso…
- Ele não é assim…
- Mesmo que não seja. Pode ser apenas atracção, nada mais e vou magoar-me.
- Duvido! Ele olha para ti de maneira diferente.
- É que nem comeces a fazer filmes… Esquece.
- Desculpa.
Ficamos as duas no quarto, a falar sobre várias coisas, a ouvir musica, sem que tocássemos mais no assunto beijo, David, tinha noção de que ela não queria falar disso… Vimos o quanto a nossa vida mudou, recordamos o passado, peripécias que fazíamos, os bons momentos que passamos… E quando demos por ela já eram quase horas de jantar…
- Bem, a tarde passou tão rápido. – disse-me
- Vou fazer o jantar. – ofereci-me
- Á vontade. – sorriu
Levantei-me e fui para a cozinha, enquanto preparava o jantar, pensava em tudo o que ela me disse, em relação ao David...
Ok… Decididamente a minha maninha precisa de ajuda… Nada melhor do que fazer de cupido, para dar um empurrãozinho… Agora, como? Pensei e voltei a pensar… Mas, preciso de ajuda… E conheço a pessoa ideal para isso… Fui ao quarto, a Joana já lá não estava, peguei no telemóvel e mandei uma mensagem ao Ruben.
‘Para: Ruben
Olá. J
 Sim, sei que já deves estar farto de me aturar, mas preciso mesmo de uma ajudinha tua. Dá para sairmos no fim de jantar? Um café?
Beijinho. :P’
Voltei á cozinha e acabei de fazer o jantar, a Joana pôs a mesa, enquanto voltei ao quarto para ver se ele me tinha respondido… E verifiquei que tinha uma mensagem…
‘De: Ruben
Olá. :D
Por acaso, começo a fartar-me. Mas se precisas assim tão desesperadamente da minha ajuda, eu faço um sacrifício. Não gosto de virar as costas a ninguém. xD
Passo em tua casa às 9 e meia.
Beijinho. Até já.’
- É mesmo parvo. – sorri
- Já falas sozinha? Tens mesmo de arranjar um namorado.
- Não, não falo, sozinha. E quem está mais perto de arranjar um namorado é a menina, não eu…
Desculpem a demora...
   Esperamos que gostem...
                  Manas BC*