quarta-feira, 23 de maio de 2012

Capitulo 32 - A casa não é tua...



Entregou-me o telemóvel.
- Obrigada. – disse sinicamente.
- De nada. – respondeu-me muito calmamente.
- Diz-me que o Ruben não vem para cá. – implorou a Leonor.
- Não vem. – respondeu o David.
- Ele vem, não vem? – perguntei.
- Sim. – respondeu com toda a tranquilidade…
- Eu não acredito… - dissemos juntas…
- David, entende. Nós… não vamos… a LADO NENHUM.
- Cês não podem ficar aqui. – Disse olhando me profundamente.
- Claro que podemos.
– Podem ir para minha casa, arranjamos maneira- disse rapidamente.
- Não. – proferimos juntas…
Continuamos naquela discussão e poucos minutos depois batem a porta, o David já se encontrava junto dele abriu-a com cuidado…
- Ah, é você mano. – disse abrindo totalmente a porta.
- então mano?
- Eu não acredito que vieste mesmo.
- Claro, parece que as meninas são muito teimosas.
- Olha outro.
O David baixou-se e pegou em algo do chão e quando se levantou percebi o que era…
- As nossas camisolas… - disse-mos ao mesmo tempo, retirando as da mão dele.
- Oh… Não pode…
- Pouca vergonha…
Vestimo-las… e apesar de estar-mos destroçadas com o que lhes acontecera não queríamos que chorar, perante eles… e muito menos preocupa-los…
- Vá ficou mais original. – disse a Leonor a rir.
- Deviam ser portistas. – comentei.
Rimos e sentamo-nos no sofá…
- Mas isso é outro assunto, vocês não ficam aqui.
- Ficamos sim.
- não quem entra uma vez entra duas. E podem quer fazer mal pra vocês.
- E ainda é a mesma fechadura. Eles não roubaram tudo. Podem voltar. Nem pensem que tolero que fiquem aqui.
- Oh pah, mas onde é que está a porcaria do comando. Não me digam que levaram i comando e deixaram a televisão. Espertos.. – disse a Leonor toda atarefada á procura do comando.
Não conseguimos conter o riso perante aquele seu jeito.
- Não sei porque haveriam de voltar, para roubar o quê? – perguntou a Leonor já sentada no sofá.
- Então Leo, o microondas, o frigorífico, a televisão… - brinquei
- Sim, porque levaram o comando, devem vir buscar a televisão. Ainda podem levar as cadeiras, mesa… Mais vale contratar-mos uma empresa de mudanças para ser mais fácil.
- Mas vocês ainda brincam com estas coisas…!
- Cês são passadas.
- Meninos, entendam uma coisa simples, nós não vamos a lado nenhum.
- Ora, podem vir para casa dos meus pais. É grande e tem espaço suficiente é perto da universidade. Até podem ir com o Mauro.
- Ruben, não… - disse calmamente.
Ele não ligou pegou no telemóvel.
- Ruben, nem penses… - disse a Leonor tentando roubar-lhe o telemóvel.
- Ele não tem o direito. – disse quase num sussurro.
Nós sempre detestamos estar em casa de outras pessoas a incomodar, ainda por cima nem conhecemos bem a família dele.
- Não á discussão. – proferiu o David olhando-me…
Assim que despertei do transe em que o olhar do David me provocou, vi o Ruben desligar a chamada.
- Estão á vossa espera. – proferiu vitorioso.
- Isso não se faz. – disse mostrando-me zangada.
- Pô a gente se preocupa com vocês, é assim difícil entendê? – disse o David exaltado.
- Calma mano.
Eles ficaram a olhar-nos…
- Ok, ok… desculpem. – disse a Leonor.
- Desculpem. - seguia-a
Seguimos até ao quarto. Entrei no meu quarto, peguei num saco desportivo e coloquei lá o que iria precisar, pijama, roupa para o dia seguinte, objectos de higiene pessoal. Tirei a camisola do David e com elas nas mãos vi o seu nome… Embora rasgado… ‘‘David Luiz’’ Era isso que ele era, uma pessoa inalcançável, o David Luiz. O xerife do plantel da luz. Um jogador de futebol, um mundo diferente, onde as pessoas são substituídas por estrelas, a estrada em paralelo onde ando a passar transforma-se me passadeira vermelha para eles passarem. Secalhar aquilo era obra do destino, queria que eu percebe-se que aquilo era errado.
Deixei os meus pensamentos e voltei á sala… a Leonor surgiu logo atrás de mim, o que fez com que nos cruza-se mos no corredor…
- Lá terá de ser… - disse tentando conformando-nos
- Amanha resolvemos isto.
- Até lá…- iniciei.
- Aguentamos. – dissemos juntas
O Ruben apareceu…
- Meninas, é perigoso… - disse calmamente
- Sim Ruben, nos percebemos. – disse calmamente
- Nós não queremos dar trabalho. Nós ficamos bem aqui.
- Façam-no por mim. Só se estiverem a salvo é que consigo dormir descansado. Por favor. – Disse calmamente.
Abracei-o…
- Obrigada. Pela preocupação, pela protecção, e pela tua amizade.
- Ruben obrigada.- Seguiu-me a Leonor.
Pus fim ao abraço ao Ruben e vi que o David já se encontrava ao pé de nós.
- Ruben, cê as leva?
- Sim, claro.
- David obrigado. – disse a Leonor.
- Por tudo. – Disse olhando-o nos olhos.
Segundos em que estivemos envergonhados no olhar um do outro até que desviei…
- De nada. – respondeu
- Vem, vamos. – disse o Ruben
- Vamos.
Saímos e despedimo-nos do David e seguimos até casa dos pais do Ruben. O silêncio ainda se instalou mas demorou pouco tempo.
- Ruben, a sério, nós podemos ir para um hotel, já que não podemos ficar em casa.
- Sim, nós não queremos dar trabalho aos teus pais.- continuei
- Não se preocupem. E fiquem á vontade. Mi casa ser sui casa.
- A casa não é tua, é dos teus pais. – respondi…
- Esqueçam isso.
Fomos entretidos com a rádio e a música que lá iam passando quando ele parou o carro.
- Chegamos. – proferiu
Saímos muito caladas e calmamente… Parámos logo depois.
- Vêem ou não? – perguntou
- Ruben, não queremos dar trabalho. – admitiu a Leonor.
- A minha mãe vai adorar. Ela sempre quis ter raparigas, mas saíram 2 rapazes… Por isso é que quer noras rapidamente.
- Mesmo assim. Ela não vive sozinha – disse eu
- Há o teu pai, o teu irmão… - continuou a Leonor o meu raciocínio.
- Mas vocês acham que o Mauro se importa de ter 2 beldades no quarto ao lado?
- Disso podes ter a certeza que não me importo nada…  - disse o Mauro aparecendo do jardim – é com todo o gosto.
- Meninas, não ligue. Vamos que amanhã têm um grande dia pela frente…- disse o Ruben.
- Se precisarem de boleia… - disse o Mauro pegando nas nossas bolsas… - digam… Mas primeiro é melhor instalarem-se no quarto ao lado do meu ou… na minha cama…
- Oh Mauro… Não as afugentes… - pediu o Ruben.
- Oh, Ruben. Ele até nem é nada que se deite fora… - disse a Leonor.
Eu olhei para o Ruben e ele pareceu-me estar se a fazer de forte… Encarei-a e ela apenas me sorriu de leve…
- Vamos? Acho que preciso de descansar. – disse
- É melhor… - disse o Ruben olhando a Leonor. 
Caminhamos para a entrada e a porta estava encostada. O Ruben entrou e o mauro entrou de seguida…
- MÃE… CHEGARAM. 

*Esperemos que gostem...
                           Manas BC*

5 comentários:

  1. fabuloso...

    quero mais... tou super curiosa para ver os proximos capitulos... continua...

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  2. Fantastico...

    Estou a adorar... tou curiosa para ver os próximos capitulos...continua com um bom trabanho.

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  3. Quando voltas a publicar?bjs

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  4. olaa :)

    Sei que nao publicas a algum tempo, mas estou a adorar a tua fic.

    Adorava que continuasses... :)

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  5. Quando voltas a publicar? :)
    continua...

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