quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Capitulo 26 - O acordar (Parte II)




Narração do Ruben:
- Bom dia. – sorriu levemente
- Bom dia. – sorri – Desculpa, não te queria acordar. – desculpei-me, depois de a ter acordado
- Não faz mal. Também já está na hora de levantar. – disse leavnatndo um pouco a cabeça de forma a conseguir ver o relógio, que marcava as 10:00 h da manhã
- Pois. Realmente. - admiti
- Mas não me apetece nada. – disse pousando novamente a sua cabeça no meu peito
- Mas tem que ser. – mexi-lhe no cabelo
Ela rodou a cabeça, continuando sobre o meu peito mas agora de forma a olhar-me…
- Como será que correu a noite deles? Será que passaram a noite juntos?
- Eu não ouvi barulho nenhum. – brinquei
- Parvo. – deu-me com uma almofada na cara
- Isso não se faz. – comecei um ataque de cócegas
- Ruben, pára. – dizia ela sem conseguir parar de rir
Teria continuado com aquele ataque de cócegas se a Joana não tivesse entrado a correr no quarto. Parei imediatamente e desviei-me dela, e logo atrás da Joana entra o David… A Leonor olhou-me, não sei bem se por se passar alguma coisa com eles ou por eles puderem ficar a pensar algo de nós, afinal quando entraram eu estava sobre ela fazendo-lhe cócegas, mas parece-me que eles nem reparam…
- Diz Joana!
- Pára. Já disse que não podemos.
- Porquê?
- Porque não, já te disse.
- Me dá uma razão, por favor.
- Não!
- Meninos, vamos lá ter calma. – disse a Leonor levantando-se – O que é que se passa?
- Leo, por favor. – abraçou-se a ela
A Joana tinha uma expressão no rosto que desconhecia, parecia apavorada, sem saber o que fazer, sem saber muito bem o que dizer…
- Anda. – a Leonor olhou-me, com olhar de preocupação e dar a entender para que eu falasse com o David
- Mano, o que é que se passou? – disse mal elas saíram do quarto
- Manz, não sei.
- Como assim? Explica-te. – ele sentou-se na cama ao meu lado
- Ontem fui para o quarto dormir, mas não conseguia adormecer, só pensando nela, por isso me levantei e fui ao quarto dela, ela tava dormindo, achava eu, fiquei olhando-a e fiz-lhe uma leve festa no rosto e ela abriu os olhos e me pediu para ficar com ela. Ainda hesitei mas ela me pediu por favor e acabei dormindo junto a ela. Esta manha quando acordei disse p´ra ela que a gente precisava falar e quando tentava dizer que não conseguia esquecer o beijo ela me beijou e depois disse que a gente não podia, eu perguntei o porquê e ela me disse que somos de mundos diferentes que não podíamos. Pedi p´ra ela me dizer que o beijo não significou nada p’ra ela e ela me pediu p´ra pará e saiu do quarto correndo. Foi isso que aconteceu…
Não estava a acreditar que a Joana tinha feito uma coisa dessas… Primeiro ter pedido ao David para passar a noite com ela e depois tê-lo beijado. Ela gosta mesmo dele, a Joana que eu conheço nunca faria uma coisa assim, se não gostasse verdadeiramente dele. Eu sei que não a conheço assim á muito tempo, mas é como se já a conhece-se á anos… Estava ainda a digerir tudo o que ele tinha acabado de me dizer…
- Mano, tens que ter calma com ela, ela precisa de espaço, de tempo, são muitas coisas a acontecer. Tu sabes que ela gosta muito do seu cantinho, não é uma pessoa que gosta de andar no meio da fama, das revistas, ela não é o tipo de miúda que gosta de dar nas vistas e a vinda para o Benfica tem feito um pouco disso, por isso tens de a compreender, ela gosta de ti, se não, não te teria beijado, mas também tens de dar tempo para ela pensar um pouco talvez, tu conheces a Joana e sabes que ela não é do tipo de se atirar de cabeça a qualquer coisa. Mas com o tempo ela vai-se libertando, ela gosta mesmo de ti.
- Será manz?
- Tu sabes que sim. Dá-lhe tempo.
- Pô, cê sabe que é difícil. Eu nunca tive tão amarradão numa garota. Ela me faz perder a cabeça, já não tou imaginando tar longe dela.
- Eu sei mano. Mas tens que ter calma. A Joana é uma miúda especial.
Ele não disse nada. Apenas baixou o olhar…
- Eu amo ela.
Ouvir o David dizer aquilo, e daquele jeito, tão simples, tão espontâneo. Eu sei que ele está a falar a sério, o David não é uma pessoa de fazer parecer algo que não sente, ele é muito sincero sempre em relação aos seus sentimentos. Já vi o David apaixonado mas como agora. Está diferente… Até que ponto é que não sei, mas uma diferença para melhor, acho que sim.
- Nunca te vi assim. – acabei por confessar
- Nunca estive assim manz.
- Então, não desistas. Espera, dá-lhe o tempo, mas não desistas.
Não queria vê-lo desistir, vê-lo a sofrer, mas ver a Joana sofrer também, ela diz que não quer, mas eu sei que ela no fundo gosta dele e que se ele insistir ela vai acabar por ceder ao que sente, mas se ele desistir, ela não vai correr atrás dele e vão sofrer os dois.
- Ela não quer manz, eu não posso fazer nada.
- Eih. Já estás a desistir, ainda agora começas-te a tentar. Tens de a conquistar, fazer com que ela não tenha dúvidas de que pode ser feliz contigo e que nada é impedimento. – disse referindo-me já em grande parte á doença dela
- E se não conseguir conquistar ela?
- Então, onde está o meu mano que tem a mania que todas as miúdas se rendem aos teus encantos.
- Cê sabe que eu não sou assim.
- Sim. Tava a brincar. Mas não desistas já. Pelo menos tenta.
- Cê acha que posso ter hipóteses?
- Acho.
- Não sei.
- Desculpem, eu saio já. Vim só buscar uma roupa. – disse a Leonor entrando no quarto
Narração da Leonor:
Acordei com o Ruben a mexer-se, não o culpei, afinal já era hora de acordar. Ainda andamos na brincadeira um com o outro e era quando ele estava a atacar-me com cócegas sobre mim que a Joana e o David entram pela porta do quarto sem bater e super apressados. Ainda pensei que podiam ter percebido alguma coisa errada, mas afastei a ideia assim que começaram a discutir. Levantei-me e a Joana abraçou-me, sai com ela, fomos até ao quarto e ela não me largou nem por um minuto…
- Mana, o que se passa?
Ela não falava…
- Joana, podes falar. Fala comigo… - pedi finalmente
- Eu… - disse ela começando a derramar algumas lágrimas
- Calma. Conta-me o que é que se passou. – disse limpando-lhe as lágrimas
- Fiz tudo mal. – respondeu afastando-se de mim… e seguindo para a janela. – Ontem á noite eu não consegui-a dormir e depois ele veio ao meu quarto…E eu fingi que dormia, mas depois dele me tocar, pedi para que fica-se comigo… e ele ficou, mas de manhã… -choro começou a intensificar-se.
- Joana, calma…
- De manhã ele disse que tínhamos de falar do beijo, e eu num impulso beijei-o. Confessando depois que não podíamos… Ele começou a exigir que eu lhe disse-se que aquilo não significava nada…
- Por isso é que entras-te daquela maneira no meu quarto…
- Sim, desculpa…
- Eih. Não tens de pedir desculpa. Tens é de te animar… e de falar com ele.
- Não. Não quero… Não posso.
- Podes… Pára de fazer com que tudo seja complicado. Tu tens um problema, não morreste Joana, tens uma vida inteira para viver. Não te inferiorizes, não digas que não podes viver, que não podes amar, que não podes ser feliz, não digas que a vida acabou… Não, a vida não acabou, tu podes amar, tu podes ser feliz, tu tens o direito de viver. E tu estás apaixonada, eu sempre ouvi dizer que é a melhor coisa do mundo. Tu queres tanto isto… Não digas que não podes. Arrisca… Deixa-te levar.
Ela abraçou-me fortemente… Abraço que correspondi totalmente…

2 comentários:

  1. Olá :)
    Gostei imenso do capitulo.
    Agora isto com a Joana e o David que seja resolvido :P
    Fico à espera de mais :D
    Beijinhos
    Rita
    http://letitbe-5.blogspot.com/

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  2. Ela devia esclarecer o David :C
    Estou a adorar, quero o próximo capitulo *.*
    Beijinho
    Ana Sousa

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