segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Capitulo 28 – Poupa os elogios para o David




- Podes fugir por agora, mas não vais conseguir fugir por muito mais tempo. – o Ruben interrompeu o silêncio
- Eu sei. – disse entristecida – Além disso eu ainda sou menor é crime. – tentei desviar o assunto
- Menor? Mas estás na universidade.
- Nascemos em Novembro, entramos mais cedo para a escola.
- Ah… Novembro! Só faltam dois meses.
- Ruben… Ele… Tu… Vivem noutro mundo, um mundo muito diferente ao que fui habituada e ao que quero para mim. – respondi sendo sincera
Não quero partilhar a minha vida com o resto do mundo, não quero estar na boca das pessoas, não quero ter a imprensa andar atrás de mim. Não quero entrar no mundo deles, dele… Só queria a ele… sem cognome sem reconhecimento. Só e simplesmente ele.
- Talvez. Mas também estás a entrar nele e não é através de mim ou do David. – respondeu-me logo… E eu sabia que aquilo não era mentira. Mas também não era exactamente verdade. O futebol é muito mais mediático e move muito mais mundo que o voleibol. Não me queixo, assim ainda podemos andar na rua e passear sem ninguém nos reconhecer e á vontade e os nossos jogadores de futebol não o conseguem. Pois á sempre alguém que reconheça o seu trabalho e que os acarinhe.
- Ruben, não é igual. – acabei por responder
- Não é igual? Porque ele tem muitas fãs ou porque tu não queres estar com ele?
Eu não quero estar com ele? Como é que ele pode dizer uma coisa dessas? Ele não percebe ou esta a provocar-me…
 - Não percebes. Ele tem muitas mulheres. Porquê escolher uma que não se pode envolver completamente?
- Porquê?
- Porque não posso. Porque… - interrompeu-me
- Amá-lo? – perguntou-me olhando-me pelo canto do olho
- Ruben… - tentei intimida-lo repreendendo-o
- Amas ou não? – insistiu
- Amo. Quer dizer… não sei. Nunca gostei de ninguém. Mas ele mexe demais comigo. Faz-me tremer, faz-me quer abraça-lo, beija-lo… Mas não posso.
- Porquê? Porque ele merece melhor?
- Muito melhor. – disse olhando pela janela
- Pára de dizer que não és suficiente para ele. És tudo o que ele quer, o que ele precisa, neste momento ele só se sente bem do teu lado, ele precisa do teu sorriso, do teu olhar, da tua atenção … Eu conheço o David e eu nunca o vi assim, ele já não é o mesmo quando estás chateada ou muito tempo longe dele. Ele só te quer do lado dele, quer fazer-te feliz e ele consegue fazê-lo. – disse sem bacilar
- Ruben… - tentei calá-lo, já a lacrimejar
- E sabes porquê? – elevou o seu tom de voz, olhando-me nos olhos e eu nada disse – Porque ele te ama.
Aquelas palavras… Não consegui responder-lhe, aquilo deixou-me a pensar… Tínhamos chegado. Ele parou o carro olhou-me e só depois é que saiu. Sai com ele e entramos.
- Fica á vontade. – disse virando-se para o corredor, fiquei a olhar aquela sala… - E vai comer, sim?
- Sim, papá..
- Não gozes, ainda sou muito novo para ser pai…
- Se não andares a treinar…
- Come, que a falta de açúcar já te está a afectar. – disse voltando a caminhar pelo corredor
Ainda deambulei pela sala, e depois fui até a cozinha, preparei uma torrada e acompanhei-a com um copo de leite. Quando estava a limpar o que tinha sujo o Ruben entra…
- Já comes-te?
- Sim papá…
- Acho muito bem. – respondeu-me dirigindo se á entrada
Segui-o, e viu a ajeitar o cabelo em frente ao espelho.
- O meu papá está todo janota… assim vou ter de ter cuidado…
- Não gozes.
- A sério, estás muito bem. Mas permite-me a pergunta, e para alguém especial essa produção toda? É que eu saiba, só vamos almoçar a casa dos teus pais.
- Oh, Joaninha, ela pode estar em qualquer esquina, convêm andar sempre arranjado. Não queres que o papá fique sozinho…
- Não papá… Mas estás mesmo muito jeitoso.
- Poupa os elogios para o David.
- Tinhas de vir… Já estás? Podemos ir?
- Foge, foge… - disse-me já quando eu estava fora da porta…
Seguimos até ao carro, e quando estávamos a distanciar-nos…
- Ruben, tu não tens nada para me dizer? – perguntei antes que fosse ele a puxar um assunto.
- Eu?! Que eu saiba…
- Dormiste com a minha irmã… - elucidei-o
- Ah, isso… Oh não fizemos nada. Ficamos simplesmente a dormir no mesmo quarto…
- Sim. Não te esqueças é que entrei esta manhã sem avisar…
- Oh Joana, não penses nada… Simplesmente a tua irmã, provocou-me e eu ataquei-a…
- Desde que se protejam e tenham juízo…
- Não fizemos nada. – disse me ele logo com um tom de voz um pouco exaltado
- Ok, ok. Estou só a avisar. – defendi-me
- Chegamos. - proferiu
Caminhamos até a porta de entrada, e tocamos a campainha.
Enquanto esperávamos que nos abrissem a porta…
- Ruben, achas que estou bem?
- Joaninha, tas perfeita. A minha mãe não liga nada ao que as pessoas vestem.
- Mesmo assim.
- Estás perfeita. O pior que pode acontecer é teres o meu pai pelo beicinho.
- Nem brinques.

*Esperemos qe gostem...
                          Manas BC*

3 comentários:

  1. fantastico...

    quero mais... tou super curiosa para ver o proximo...

    continua...

    ResponderExcluir
  2. Amei!
    Quero mais, por favor...
    E rapidinho, pode ser?

    Beijos*

    ResponderExcluir
  3. ***** Olá , Adoreiii a tua fic :D

    FANTÁSTICA :D Quero mais , sim ?

    A Joana têm de abrir os olhos e deixar de ter medo , pois o amor vai ser mais forte que tudo :)


    Beijinhos


    Anne M ( http://luta-por-um-sonho.blogspot.com )

    ResponderExcluir