Capitulo 10 - Encontro inesperado (parte II)

A conversa ficou por aí… Ainda passearmos pela cidade mas depois lá regressamos a casa, onde tivemos a arrumar algumas coisas que ainda não tínhamos tratado. Os nossos pais já tinham chegado e ajudaram a arrumar algumas coisas, ainda visitamos um pouco pela cidade e depois eles lá regressaram a Barcelos. Depois deles saírem fomos montar a televisão, que os nossos pais nos trouxeram, colocar a aparelhagem. Resumindo dar um ar mais normal ao apartamento. 

O dia passou e, em menos de nada, já era noite… jantamos e depois fomos dormir… 

- Bom dia… - disse a Joana acordando-me.

- Bom dia.- Disse ainda de olhos fechados.

- Olha, eu vou ver se trato da internet, por isso já sabes por onde ando.

- Queres que vá… - disse ainda de olhos fechados…

- Não, descansa. Eu já volto. Levo telemóvel, alguma coisa liga.

- Ta bem. – Disse voltando a dormir. Ela deixou de me falar, e por isso calculei que tenha saído…

Narração da Joana:

Não consegui dormir nada de noite, devido a ideia de alguém descobrir a minha doença…

Quando eram 8 horas, levantei-me arranjei-me… e depois passei pelo quarto da Leonor, para a avisar que iria sair. Já sabia que ela não me iria acompanhar é demasiado dorminhoca. Deve ser essa a nossa grande diferença, a única.

Sai de casa… Apanhei o metro e depois de andar a passear sem saber desisti e acabei por apanhar um táxi até ao Colombo… Num centro comercial deve existir alguma loja que me arranje solução. Não foi muito difícil, facilmente vi uma loja com publicidade e promoção, canais de televisão, telefone e internet. Era mesmo aquilo… Entrei na loja completamente distraída e embati em alguém, que me amparou a queda…

- Desculpe… - disse tentando soltar me daquela pessoa… recompus-me e quando olhei…

Boa, o David Luiz… É começar o dia em grande… Logo com grandes visões…

- Oi… por aqui? – Disse olhando me de alto a baixo…

- Sim. Parece que sim. Vim tratar da internet para que o mundo possa novamente invadir o meu laptop.

- Fazes muito bem. Cê já tomou o pequeno-almoço?

- Lamento mas já… - respondi.

- Não me chegou a responder ontem…

- Ah, lamento. Mas eu sou a Joana, não a Leonor. – Disse.

- Ah, desculpe. Mas era para as duas. … Como vê eu não as distingo. – Acabou por admitir.

- Normal. Nem os nossos pais nos distinguem. – Confidenciei.

- Assim sendo me deixa ajudar você na escolha?

- Á vontade, afinal eu não percebo nada disto…

Fomos até ao balcão e ele falou com a funcionária, que só sorria para ele… assim que se levantou para ir buscar o produto…

- David, para com os sorrisinhos, ela já esta caidinha… - disse muito baixinho.

- Me desculpe. Não tenho culpa. Não vou ficar de trombas só porque ela se apaixonou…

- Tá se. – Disse conformando-me…

Lá paguei e sai da loja.

- Agora precisa de um técnico…

- Podias ter avisado. Tinha pedido um na loja.

- Eu podia fazer isso…

- És muito caro…

- Não sou nada… um almoço e fica tudo feito.

- Então acho que temos negócio. – Disse apertando-lhe a mão.

- Então se me der o pequeno-almoço, podemos tratar disso já.

- Bem, se quiseres. Eu só vim mesmo tratar disto, por isso estou livre.

- Então cê segue á frente e eu sigo-a... Para saber onde é a casa. Sim?

- Estava perfeito, se eu tivesse carro. Eu vim de metro. Ainda não tenho carta… - admiti.

- Então posso dar-lhe uma carona?

- Poder até podias, mas os meus pais sempre me ensinaram a nunca aceitar boleia de pessoas desconhecidas…- disse.

- Eu sou seu conhecido. Além disso sou o David Luiz, não posso fazer nada de mal a você. Você depois levava a público.

- Bem, pensado. Dessa forma, aceito. – Respondi.

- Então, vamo?

- Vamos.

Seguimos lado a lado até o parque de estacionamento… Ele abriu o carro e a porta do pendura…

- Obrigada. – Disse.

Ele sorriu. E quando ocupou lugar ao meu lado.

- Não fique aterrorizada… Eu dirijo devagar…

- Imagino… - disse brincando com ele.

- Não se preocupe… Comigo as princesas estão em segurança.

- Pois, lá esta… Eu não sou princesa, por isso não estou em segurança.

- Não é princesa… Mas é bonita como uma…

- Não te estas a atirar a mim pois não, menino David Luiz.

- Eu, eu não… - disse parando num semáforo. - Eu só queria ser seu amigo.

- Ui, o David Luiz quer ser meu amigo… Deixa-me acordar deste sonho…

- Antes sonho que pesadelo… - disse ele acelerando novamente.

Lá lhe dei as indicações…

- Cê vive em Alvalade?!

- Sim, Porquê?

- Eu também… Por isso quer queira quer não, iremo-nos cruzar algumas vezes…

- Provável. Afinal somos do mesmo clube. E se queres ser meu amigo. Secalhar, convém cruzar-nos.

-Perspicaz. – Disse.

- Não percebi.

- És muito perspicaz, Joana.

- Ah, obrigada…

Tínhamos chegado. Informei… e saímos do carro… Entramos no apartamento…

- Aviso desde já para não ligares aos caixotes, e a falta de decoração…

- Vocês ainda vieram á pouco. É natural.

- É só para estares preparado.

- Tudo bem. Não se preocupa não. - sorri

Entramos, pousei o pacote no sofá…

- Aguentas te sozinho enquanto preparo o pequeno-almoço?

- Sim, á vontade.

Viu a pegar no pacote e a abrir, virando a televisão… Segui até á cozinha… preparei a mesa, e comecei a confeccionar o pequeno-almoço…Quando terminei, voltei á sala e ele estava sentado no sofá com o comando a sintonizar….

- Estou a ver que és mesmo um técnico.

- Nada de mais…

- Eu vou só acordar a Leonor. – Disse.

- Vá, traga um letreiro para vos distinguir.

- Roupa.

- Roupa?! Roupa o quê? – Disse olhando para a sua camisola e voltando a olhar-me…

Encolhi os ombros, e depois fui acordar a Leonor. Ela não acreditou que o David estava na sala, e levantou-se a correr para a sala em pijama.

- Leonor… - Tentei avisar…

- Quero ver esse David… - disse chegando á sala.

- Oi. Bom dia… - disse o David um pouco envergonhado… por ela não ter acreditado em mim.

A vergonha passou rapidamente para a Leonor… Que mantinha-se calada…

- Então maninha… é ou não é o David Luiz?

- Eu vou trocar de roupa… - disse correndo de volta para o quarto…

Eu e o David olhamo-nos e encolhemos os ombros…

- Ah… bom dia.- Disse voltando atrás e correndo novamente para o quarto.

- Não ligues… - disse tentando não me rir da cena dela…

- Não liguei… Mas ela é sempre assim?

- Só quando está bem-disposta. O que é frequentemente.

- Ah estou a ver que aqui em casa é animação todos os dias…

- Aí te enganas… - disse um pouco entristecida

- Cheguei. Bom dia alegria! - disse a Leonor sorrindo e cumprimentando-o

- Bom dia… - respondeu ele

- Então o que é que fazes aqui? – Perguntou logo

- Vim instalar a box, para poderem ter televisão e internet…

- Ah, obrigada…

- Então a menina Leonor não me chegou a responder ontem…

*espero que gostem....

                   Manas BC*