Capitulo 12 - O almoço...

Narração do Ruben:

Depois de ele ter confirmado que elas viriam, fiquei pensando que até foi uma boa ideia tê-las convidado assim podias as conhecer melhor.

Fui preparar o almoço, e passado pouco tempo eles lá tocaram á campainha… Fui abrir.

- Olá mano. – Disse cumprimentando o David. – Olá meninas… - disse dando-lhes 2 beijinhos.

- Olá… - disseram.

- Entrem…  - disse desviando-me para permitir que elas entrassem.

- Obrigada. – Disseram juntas…

- Estejam á vontade. O almoço está quase pronto. – Disse dirigindo me para a cozinha…

Pouco tempo depois sinto alguém a entrar na cozinha…

- Isso é comestível? – Perguntou-me ela.

- Estas a duvidar dos meus dotes culinários? – Peguei com ela…

- Sim. A jogar futebol até te safas, mas a cozinhas, não sei não. – Disse ela muito séria…

- Joana, não digas isso... Vais comer e repetir…

- Sou a Leonor. E eu não sou de repetir.

- Essas manias da dieta… - Disse retirando o tabuleiro do forno.

- Ei, nem todas temos essa mania, sim. Vesse mesmo que nunca me viste a comer… Eu como de tudo, faço uma alimentação equilibrada. Não sou é comilona.

- Mensagem recebida Leonor. Mas espero que aproves o meu Arroz de Pato. – Disse, pousando o tabuleiro na mesa.

- Vamos ver. Eu e a Joana adoramos arroz de pato. Começas logo com uma fasquia muito alta.

Chamei o David e a Joana para comerem…

O almoço correu lindamente e percebi que elas eram realmente simples e sinceras. O que me fez começar a reparar na sua beleza. Elas eram realmente lindas, não usavam maquilhagem e a roupa era simples. O que me levou a concluir que eram boas raparigas…

- Então o meu arroz de pato está aprovado? – Perguntei.

- Aprovadíssimo. – Disse a Leonor pousando os talheres.

- Eu não diria… - disse o David.

- Está muito bom. Parece que não te safas só dentro de campo… também te safas na cozinha… - Disse a Joana.

- Não parece. Vocês não comeram quase nada. – Disse.

- Vocês é que comem muito. – Disse a Leonor.

- Ta dizendo que somos comilões? – Perguntou o David.

- Sim. Lamento, mas vocês comem muito mesmo. Mas também já vos devem ter dito isso. – Disse a Joana.

- Não. Foram as primeiras. – Intervi.

O David estava muito concentrado na Joana. Ele estava a ficar apanhadinho por ela. No entanto, não me parecia que ela estivesse na dele.

Lá acabamos de comer e elas começaram a levantar a mesa… Nos ainda as ajudamos e depois fomos até o jardim, onde ficamos a falar e a conhecer-nos melhor.

A conversa ia muito animada, quando o David disse que tinha de ir embora, pois tinha de ir a casa antes de ir para o treino… Despedi-me delas e fui também eu preparar o saco, para depois ir para Seixal, treinar.

Narração da Leonor:

O almoço correu lindamente. O Ruben, é divertido e muito simpático. Não me desiludiu nada. Muito pelo contrario surpreende-me e muito. Viemos embora com o David, ele deixou-nos á porta do prédio, e depois nos lá subimos. Quando chegamos a casa, a Joana deitou-se logo no sofá, com o laptop sobre as pernas, eu fui até ao quarto. Mas mal me deitei a Joana, berrou…

- TELEMOVEL. – Berrou ela…

Lá me levantei e fui até á sala.

- O que é que é assim tão importante para tu berrares?

- O teu telemóvel, não se cala. – Disse ela.

Procurei o na bolsa, e quando o encontrei, vi que tinha sido o David que me ligara. Estava a preparar me para lhe ligar, quando entra uma nova mensagem.

Acabei por a abrir…

‘’ De: David

Oi, me esqueci de dizer que passo em vossa casa ás 11 horas. Ok?

Não se atrasem. Beijo.’’

- Que sorrisinho estúpido é esse?

Só quando ela falou é que eu me apercebi que estava a sorrir. Olhei para ela.

- Vêm nos buscar as 11. Não te atrases. – Disse voltando para o quarto.

Deitei-me na cama e respondi-lhe.

‘’Para: David

Olá, combinado. Não nos atrasamos, não te preocupes. Beijo.

Bom treino :-) ’’

Ele não respondeu, fiquei a olhar o tecto e a pensar nas voltas que a vida deu. Afinal, a nossa vida deu uma volta de 360 graus. De um momento para o outro a doença da Joana, depois o convite para virmos jogar para o Benfica. Ao qual nunca pensei que a Joana aceita-se. Depois, conhecemos o Ruben Amorim e o David Luiz. Não sei se é certo alimentar este convívio, mas acho que neste momento a Joana precisa de se distrair, e já que eles são os únicos que conhecemos cá. Lá tem de ser. Mas é estranho, eles dentro de campo, são tão seremos, por vezes vingativos e actores, e cá fora, são umas excelentes pessoas e divertidas.

- Olha, vou correr. Queres vir? – Disse a Joana á porta do quarto.

- Deixa-me só trocar de roupa. – Disse levantando-me.

Um pouco de exercício físico íamos fazer bem. O que também dava para conhecermos mais um pouco a cidade…

Ela saiu e eu levantei-me e peguei numa camisola e nuns calções. Calcei umas sapatilhas… agarrei numa elástico e numa fita… e comecei a prender o cabelo, enquanto me dirigi-a para a sala.

A Joana ainda não estava lá á minha espera. Sentei-me…

E ela apareceu logo, atirando me com uma bracelete.

- É para levares as chaves, e dinheiro. Podemos precisar.

- Que lata. – Respondi, colocando-a.

- Não te obrigo a ir. – Disse calçando-se.

- Estás a pensar ir muito longe.

- Não sei. Estava a pensar, em aquecer ali no parque, e depois correr por ai… Desde que não nos percamos.

- Ok. Quanto tempo? – Perguntei.

- São 16: 25… Lá para as 18, 19… estamos aqui… - respondeu-me.

- Isto é para que? Emagrecer? - Disse bué admirada.

- Não. É para espairecer… E treinar.

- Vamos lá então. – Disse levantando-me.

Descemos e fomos até ao parque que havia junto ao nosso apartamento. Começamos a aquecer, e depois de bem aquecidas iniciamos a corrida…

Narração da Joana:

 Eu cheguei a casa e depois de verificar o meu correio electrónico… comecei a recordar que estava em Lisboa, atrás de um sonho. Que estivera com o David Luiz, com o Ruben… e era muita informação para tão pouco tempo. Levantei-me vesti-me e depois de desafiar a Leonor a vir correr comigo acabei de me preparar. Disse o que pretendia ao qual ela ficou muito admirada mas aceitou.

Aquecemos, e depois iniciamos a corrida. O objectivo era esquecer tudo o que se passou, e mentalizar me para a exposição que iria sofrer, tanto por jogar no Benfica, como por me dar, ou ser amiga do David Luiz.

Corremos pelos passeios, vazios… Por algumas ruas e regressamos a casa… entramos e a Leonor deitou-se logo no sofá…

- Tu és maluca. Quero ver se logo aguentas… - Disse.

- Pois, Secalhar tens razão. Deve ser preferível ficar em casa. A descansar… - disse.

- É que nem sonhes. Disseste que ias, e vais. – Disse me enquanto eu me dirigi-a para a cozinha.

Comecei a preparar o almoço. Coloquei a mesa, e enquanto a comida está no fogão. Fui tomar um duche, deixando a Leonor responsável.

Descontrai e depois vesti-me, já para sair… peguei no telemóvel e ia a mandar uma mensagem para o Ed, a perguntar, como andava. Afinal não dava notícias á algum tempo. Mandei-lhe uma mensagem a perguntar se estava tudo bem.

No final entrou uma mensagem do David.

‘’ Se anime. Quero ver você sorrindo e se divertindo. Beijo’’

Sorri e nem sei porquê.

Apaguei aquilo do meu pensamento e segui para a cozinha, a Leonor estava a ver a comida…

- Finalmente. Estava a ver que não. – Disse mal me viu.

- Eih. Calma. Já cheguei.

- Então vamos comer.

Jantamos e depois ela foi se arranjar. Eu limitei-me a dar um jeito ao cabelo, prende-lo um pouco de lado…

Coloquei base na cara, um risco nos olhos, e comecei a mentalizar-me que iria ter 2 olhos atentos ao que faço e comentar as minhas atitudes… Respirei fundo e fui até ao portátil. Ainda estive no facebook, e no MSN a falar com o pessoal de Barcelos. Mas rapidamente chegou a hora de apanhar a boleia. Bebi um pouco de água… e quando a Leonor saiu do quarto disparada, calculei que já estava á nossa espera. Peguei na mala e desci…

- Oi meninas…

- Olá… obrigada pela boleia.- Dissemos ao mesmo tempo.

- Muito bem ensaiado. – Disse.

- Nada disso. O improviso é o melhor. – Respondi.

- Meninas, quando quiserem vir embora, não hesitem. Digam-me, sim? – Disse ele.

- Combinado. – Respondeu a Leonor.

Seguimos até a discoteca, o David exibiu o convite e entramos, o Ruben já estava lá dentro. Dançamos um pouco e quando encontramos uma mesa vazia, sentamo-nos…

- O que querem beber, eu vou buscar? – Disse o Ruben.

- Uma cola. – Disse o David.

- Uma vocka com laranja. – Pediu a Leonor.

- Uma garrafa de água. – Pedi.

- Ok… - disse o Ruben afastando-se.

A Leonor levantou-se para o ir auxiliar.

E o David, aproveitou-se para me pedir explicações…

- Cê podia ter pedido um sumo. Não era necessário beber água.

- David, eu gosto de água.

- Não gosta de cola? – Perguntou indignado.

- Não é o caso. Prefiro água. – Defendi-me.

- Joana, se não se… drogou? – Disse discretamente.

*Esperemos que gostem

                        Manas BC*