quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Capitulo 16 – A conversa



Eu sorri…
- Ela chama você de desmiolada e você sorri…
- Oh David, não percebes que eu queria que ela fosse falar com o Ruben… mas se eu disse para ela ir lá. Ela não iria. Assim já foi. – Respondi… e comecei a ajuda-lo a arrumar a cozinha.
- Desculpe a pergunta, mas porque queria que ela fosse falar com o manz?
- Para ver se ela se abre com ele, e desabafa com ele. Digamos que aquele seu sorrisinho ninguém lhe resiste. E como ele é amigo dela…
- Ah ok…
- David. Não estou a dizer que tu…
- Não, não.
- É só que como falei com o Ruben. Se der mal podes sempre tentar…
- Não se preocupe…
Continuamos a arrumar a cozinha entre brincadeiras, e palhaçadas, cocegas… e quando finalizamos o meu pensamento regressou ao Ruben. Será que ele tinha conseguido fazer a Joana falar?
Narração da Joana:
A Leonor chegou a cozinha, deixando o Ruben sozinho. Não gosto de ver ou de saber que alguém está só… como ela estava com David, fui eu fazer companhia ao Ruben.
Quando cheguei á varanda, ele estava sentado na espreguiçadeira…
- Ruben Amorim deixado sozinho em pleno apartamento do amigo… - disse brincando.
- Bem, sai uma, vem outra… Hoje estou concorrido… - respondeu-me…
Sentei-me na espreguiçadeira ao lado…
- Vê-la. Posso sempre ir-me embora?
- Eih, fica. Estava a brincar. – Disse elevando-se e olhando-me.
- Ok, eu fico. – Disse virando-me para ele.
- Joana, porque é que és assim tão mazinha com os rapazes?
- É só com jogadores de futebol do meu Benfica. – Disse brincando.
- Oh, asserio. Nem comigo és boazinha…
- Oh Ruben. Eu sou tua amiga, se fosse má para ti, não o seria.
- Mas podias ser mais simpática…
- Simpática!? Para que?
- Não sei. Podias-me tentar conquistar.
- Oh, Ruben. Tu até és bonito, mas eu não quero conquistar ninguém. Não ando á procura de nenhum namorado, nem quero nenhuma relação. Saí de Barcelos em busca de um sonho, cheguei a Lisboa e fiz dois grandes amigos. Não me faz falta nada…
- Faz falta aquele carinho especial, aquele sentimento de se ter alguém á nossa espera. Aquela vontade de estar perto dele, de o beijar...
- Ruben, sabes que nunca namorei. Nunca senti isso, e por isso não sinto falta.
- Joana, eu não acredito que não sintas falta… Toda a gente gosta de ser amada, desejada…
As lágrimas começaram a formar-se nos meus olhos, apresei-me a tentar desviar o meu pensamento para o volei… mas em vão… As lágrimas começaram a descer a minha face…
- Ruben…
- Eih, Joaninha, não é preciso chorares… - disse abraçando-me…
- Ruben, eu não vou ter isso… - disse abraçando-me a ele.
- Eih, calma… eu sei que não me conheces á muito tempo, mas podes falar comigo… eu sei que sou jogador de futebol, mas também sou pessoa e teu amigo… - disse-me…
- Podemos ir para dentro? – Perguntei. Não queria ficar mais ali, naquela varanda aberta para a cidade.
- Anda… - ele deu-me a mão e seguimos até um quarto…
Sentamo-nos na cama, o Ruben fechou a porta, e depois de me limpar as lágrimas…
- Joaninha, não chores…
Não respondi, tentei recompor-me ao máximo possível. E depois de um longo, dolorosos minutos, já estava mais calma… Abracei o Ruben…
- Obrigada… - disse.
- Obrigada? Eu ponho-te a chorar e agradeces-me?!
- Obrigada por estares aqui comigo. 
- De nada. Como já te disse além de bom jogador, sou bom amigo.
- Que convencido… - disse ainda recompondo-me.
Recordei as conversas que tive com o meu pai, e ele de certa forma transmitia-me a segurança que o meu pai me transmitia. Embora fosse uma segurança pouco duradoura sempre me sentia segura nem que fosse por meros segundos…
- Joana, isso é tudo saudades? Sabes que se quiseres podes pedir ao clube dias para ir ao norte…
- Ruben, se á coisa que isto não é, é saudades. – Disse já com os olhos a humedecerem.
- Oh princesa… Calma. Queres falar sobre isso?
- Ruben, responde com sinceridade. Achas que alguém se vai interessar por mim? – Perguntei levantando-me.
- Oh, claro que sim. Tu és linda, e és uma rapariga 5 estrelas.
- Mesmo que seja doente?
- Doente?! – proferiu imediatamente - Joana, que é que se passa? – pediu rapidamente uma resposta.
- Ruben… - disse lentamente… - Eu sou diabética…
-Ah ah ah… Tu?! Com esse corpinho?! Ah ah ah, não me digas que isto é para os apanhados?...
- Ruben… é verdade. Sou diabética tipo 2, tenho de me injectar com insulina, achas que algum rapaz no seu prefeito juízo quer uma rapariga que se injecta… - levantei-me e caminhei lentamente para a parede não o encarando
- Eih… Tem lá calminha… - proferiu ele levantando se de seguida e alcançando-me. - Tu não és drogada… Tu tens de tomar isso para teres uma vida normal…
- E um toxicodependente não tem de tomar aquela dose de droga para poder fazer a sua vida? É a mesma coisa Ruben só muda o nome da droga?
- Achas que nenhum ‘’rapaz’’ se interessará por ti só porque tens te tomar insulina? De certeza que não és a única. E também existem muitas pessoas que tem de tomar inúmeros comprimidos tu tens de tomar uma vacina… Não é por ai. Não te preocupes. – abraçou-me. – Pior tou eu… afinal acham me um poligâmico…
- Não é a mesma coisa… E também… Oh, esquece… Eu acho isso, não quer dizer que todas achem. Alguma ade ser a tua.
- Para cada panela, existe sempre um testo.
- Ui, acho melhor não irmos por ai…
Narração do Ruben:
Depois de ela ter ficado comigo na varanda começamos a falar e, em menos de nada, tinha tocado no assunto proibido. Tentei acalma-la e depois de me pedir para ir para dentro assim o fiz.
Achei estranho aquele ataque de choro de repente. Ela estava mesmo sensível. Talvez devido as saudades… Mas mal toquei nesse assunto ela disse logo que não e veio com uma história de se eu achava que alguém se iria interessar por ela. Como é que possível alguém não se interessar por ela. Ela é linda, tem um corpo de fazer inveja a muitas, não é extravagante, é simpática, não manipulável. Ela é o que qualquer homem quer…
Quando ela disse que era diabética desmanchei-me a rir, pensei que estava a pegar comigo. Mas depois dela dizer que era diabética tipo 2 lembrei me de ter visto uma reportagem sobre isso e acreditei
- Ui, acho melhor não irmos por ai. – fez uma pausa e continuou. -Ruben, és mesmo um grande amigo.
- E jogador? – Perguntei.
- Como jogador, continuo a preferir o David Luiz. 

*Esperemos que gostem
                            Manas BC*

2 comentários:

  1. Olá :)
    Esta Fic está a VICIANTE!:P
    Gostei do facto de o Rúben a ter reconfortado :)
    Agora mais um,sim?
    Continua
    Beijinhos
    http://umanovadefinicaodeamor.blogspot.com/

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  2. Ai,ai!
    Mais tu sabes mesmo confundir uma pessoa não é ?
    Já não sei mais de nada, só sei que está muito lindo e que eu quero mais sim ? (:

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