terça-feira, 15 de novembro de 2011

Capitulo 15 – O lanche…



Fiquei a olhar para ela… e ela caminhou até perto de mim e entregou-me a taça…
- Podes tirar… - disse finalmente.
Retirei um e enquanto comia pensava em como ela era linda. 
- Eu vou chama-los. – Disse ela.
- Tome cuidado… - brinquei com ela.
- Eu tapo os olhos… - ela brincou.
E seguiu o seu caminho mas voltou logo de seguida…
- Eih, Joana, aquilo era desnecessário…
- Podes querer… - completou a Leonor o raciocino do Ruben.
- Não gosto de arriscar… - disse a Joana.
- Vamos mas é comer. – Disse a Leonor sentando-se….
Nós também nos sentamos e começamos a comer… o Ruben não parava de mandar piadinhas, as quais a Joana respondia vagamente.
Começamos a ouvir música vinda da sala.
- É o meu…. Eu já volto. Desculpem… - disse a Joana levantando-se.
Saindo logo de seguida pela porta…
- Oh David, podias dar menos nas vistas… - disse o Ruben.
- Cala-te.
- David, não sei o que se passou aqui na cozinha entre vocês, mas só te digo que com Joana tens de ir com muita calma. – Disse a Leonor.
- Eih, não se passou nada. E não estou dando nas vistas, parem… - acabei por esclarecer, mentindo… e pedindo para pararem.
- Ok, ok. Eu só estava a avisar… - defendeu-se a Leonor. – Eu vou ver quem era… - disse levantando-se.
Deixando-me sozinho com o Ruben.
- Mano, eu estava a brincar. Se bem que tu e ela… - disse insinuando.
- Olha que tu e ela ali no sofá também ficavam muito bem…
- Ui, que ele esta com ciúmes de mim… Eu sei que sou mais bonito, mas também nem todas têm o mesmo gosto.
- Mau. Eu não gosto dela… Cê pode parar. – Disse da boca para fora… E depois de o dizer, o meu pensamento a procura da resposta á pergunta ‘gosto da Joana?’ Não cheguei a encontrar resposta, o Ruben acabou por falar.
- Já parei. – Disse finalmente.
Narração da Leonor:
A Joana saiu e quando a vi, calculei que tivesse ido á casa de banho. O Ruben ainda a desafiou para um jogo. Como já calculava ela não aceitou, dirigindo-se para a cozinha ajudar o David com o lanche…
- Ela não faz nada, é muito calma. – Disse o Ruben.
-As pessoas são diferentes. – Acabei por dizer…
- Lamento, mas vocês são iguais. – Disse o Ruben.
- Apesar da aparência, da personalidade, dos gostos serem iguais. Temos diferenças.
- Quais? – Perguntou logo.
- Eu não tenho medo de ti, e ela secalhar tem.
- Medo de mim? Eu nunca lhe fiz nada.
- Oh, tótó. Medo de perder… no jogo… - disse fazendo-o perceber ao que referia.
- Vamos ver quem é o melhor então…
Iniciamos novamente um jogo, ao qual eu ganhei… Devido á derrota começou a por a culpa na sua fome…
- Mas esse lanche, sai ou não sai. – Gritou o Ruben.
A Joana apareceu na porta e respondeu-lhe.
- Se achas que te despachas mais, anda tu faze-lo.
- Era só para não vos passar pela cabeça andarem ai a rebolar e não fazerem o lanche. – Tentou pica-la.
- Então, aproveita ai a Leonor e rebola um pouco para ver se o tempo passa mais rápido.
Disse desaparecendo.
- Bem, o David deve ter-lhe dado uma tampa. Respondeu-me torto. – Disse o Ruben olhando-me.
- O David dá-lhe uma tampa?! Achas que ela permitia? Não conheces a Joana.
- Então porque me respondeu assim?
- Talvez por lhe teres dado uma tampa.
- Ah? Então se lhe dei uma tampa. Para remediar, posso fazer o que ela me pediu. Assim ficava a gostar mais de mim, e perdoava-me.
- Provável – disse sem saber o que ela lhe tinha pedido.
- Lá terei de andar a rebolar contigo…
- ah ah ah. Pensas que isto é assim menino Ruben…
- Porquê, não é?
- Porque eu não sou daquelas que dizes uma piada, sorris, fazes te de bom menino, exibindo o nome de Ruben Amorim, e já esta no papo.
- Bem, vocês não devem gostar mesmo de jogadores de futebol.
- Até gostamos. De outra forma não teríamos 2 amigos a jogar no Benfica.
- Com essas acusações não parece nada.
- Ruben, nós somos vossas amigas, não temos nada a ver com as vossas aventuras e engates…
- Meninos, já podem vir comer… - interrompeu a Joana.
Nós olhamos para ela e ela estavam com as mãos á frente dos olhos... ela rodou e voltou para a cozinha…
- Olha, que fique esclarecido. Nem todos os jogadores são assim… - disse o Ruben levantando-se e seguindo para a cozinha. - Eih, Joana, aquilo era desnecessário…
- Podes querer… - completei.
- Não gosto de arriscar… - disse a Joana.
- Vamos mas é comer. – Disse.
Sentamo-nos e começamos a comer… Estava-mos a comer quando começa a soar música na sala.
- É o meu…. Eu já volto. Desculpem… - disse a Joana levantando-se. Saindo logo de seguida pela porta…
- Oh David, podias dar menos nas vistas… - disse o Ruben.
- Cala-te.
- David, não sei o que se passou aqui na cozinha entre vocês, mas só te digo que com Joana tens de ir com muita calma. – Disse apesar de saber que não se devia ter passado nada, o David olhava para ela de uma forma diferente. E apesar de tudo a Joana precisava de apoio… Talvez um amigo especial lhe fizesse bem. Talvez a fizesse ter mais auto-estima.
- Eih, não se passou nada. E não estou a dar nas vistas, parem…
- Ok, ok. Eu só estava a avisar… Eu vou ver quem era… - disse levantando-me. Pois já tinha saído a algum tempo…
Entrei na sala e ela esta á janela a falar ao telemóvel…
- Sim, está tudo bem comigo pai… Não tem que se preocupar…. O pai sabe perfeitamente que não quero nenhum namorado, se quer netos e levar alguém ao altar, fale com a sua filha mais velha… Pai, já falamos sobre isso…. Independentemente o que o pai diga, eu continua com a mesma opinião. 
- Joana – chamei interrompendo-a.
- Pai, olhe a Leonor está aqui e quer falar… - disse passando-me o telemóvel…
- Olá papá…-disse.
-‘ Olá Leonor, então esta tudo bem por ai?’
- Claro, achas que não estaria? Nós somos responsáveis.
- ‘ Imagino, imagino. E namorados ainda não trataram disso?’
- O pai está sempre a tentar despachar-nos…
- ‘ Não te esqueças que quando arranjares, quero ser dos primeiros a saber. E aproveita e arranja um amigo dele para a Joana’
- A Joana safa-se bem sozinha. E por ai como é que está tudo? – disse lançando-lhe um olhar recordando o olhar que o David colocava sobre ela, ela limitou-me a abanar a cabeça negativamente pois teria percebido o que o nosso pai teria dito, neste caso pedido.
- ‘ Está tudo igual. Com menos alegria. Faltam aqui as nossas meninas…’
- Oh papá. Nós no natal vamos aí, sim?
- ‘Oh, e já têm planos para o vosso aniversário?’
- Pai, nos só fazemos anos daqui a umas semanas. Ainda falta muito…
- ‘Não falta assim tanto tempo.’
- Pai…
- ‘ Pouco tempo… ‘
- Deixe-se disso, papá, é só mais um dia.
- ‘Filha, eu vou ter de regressar ao trabalho. Alguma coisa, liguem, ok?’
- Sim papá. Beijinhos. Gostamos muito de ti…
- ‘Eu também. Juízo.’
Desliguei.
- Parece que vou ter de te arranjar um namorado… - disse picando a Joana.
- Poupa-te ao trabalho… - respondeu-me voltando para a cozinha.
Segui-a e quando cheguei lá ela já estava a explicar o motivo da demora. Depois ela começou a arrumar e a limpar a cozinha e o David ficou a ajuda-la. Enquanto eu e o Ruben fomos até á à varanda.
- A Joana vinha um pouco irritada da sala… - disse o Ruben.
- É o meu pai. Toca sempre no assunto que no caso da Joana é proibido.
- Mas se ele sabe que é proibido não devia tocar…
- A Joana e o pai dão se bem. Quer dizer, damo-nos todos muito bem. Mas como nunca tivemos um rapaz como um amigo muito próximo, quando precisávamos de opiniões e de falar o nosso pai era sempre o sacrificado.
- E agora estão longe…
- Exacto.
- Fica sabendo que sempre que precisarem eu e o David estamos do vosso lado. Eu sei que não nos conhecem á muito, mas podem confiar. Para nós a amizade é a melhor coisa do mundo.
- O problema não sou eu. É a Joana. Quando ela precisar, ela irá se desenrascar.
- Mas tu também deves precisar…
- Eu tenho a Joana, que me pode ajudar. No caso dela é que por mais que eu tente ajudar não consigo.
- Será que eu consegui-a ajuda-la?
- Não sei, mas podes tentar… Vou ver se o David quer a minha companhia… - levantei-me e fui até á cozinha… - Então os meninos andam ocupados ou posso interromper.
- Entra lá, afinal se tivéssemos ocupados já tinhas interrompido… - disse a Joana.
O David ficou a olha-la…
- O Ruben? – Perguntou o David.
- Está no jardim… - respondi muito calmamente.
- Tu abandonas te o moço assim? – Perguntou logo a Joana.
- Não o abandonei. Deixei-o lá. – Respondi muito calmamente.
- Eu vou ter com o Ruben. David ficas entregue á desmiolada da minha irmã mais velha.- Disse ela saindo.

*Esperemos que gostem
                           Manas BC*

2 comentários:

  1. Olá :)
    Como sabes gosto sempre :P
    Agora escrever mais um que quero ver como vai correr as coisas para estes dois "casalinhos " ;)
    Continua
    Beijinhos
    http://umanovadefinicaodeamor.blogspot.com/

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  2. Oh! que lindo, lindo!
    Não canso de ler isto, quero mais rapidinho sim ? Beijinhos!

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